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5 motivos pela qual a doutrina do pecado é importante para um relacionamento

  • Lucas Balbino
  • 17 de jan. de 2016
  • 3 min de leitura


Sempre que um jovem pensa em namoro, ele imagina que será um "mar de rosas", como em um filme de amor, onde ambos os lados são perfeitos, lindos e sem defeitos. De certa forma, sempre fomos ensinados dessa maneira. Achamos que um relacionamento se trata de pessoas perfeitas, que não cometem erros nem falhas. Além disso, o namoro no século XXI é tratado como uma simples atividade de beijos e abraços, que tanto o namorado como a namorada são príncipes e princesas literalmente, que não pecam e nem gostam de pecar.


O que acontece é que quando um dos lados descobre o lado pecador do outro, cria-se uma certa rejeição e decepção, pois sempre fomos ensinados a acreditar que nosso companheiro seria uma pessoa perfeita e sem pecado.


Porém, não é isso que as Escrituras nos ensinam. Elas nos preparam justamente para essa situação, e, sem dúvida, a doutrina do pecado é a melhor forma de didatizar um relacionamento e preparar os ralacionandos para um trabalho árduo de santificação em meio aos muitos pecados descobertos e muitos que irão surgir. A doutrina do pecado ou mais conhecida como depravação total, consiste em ensinar que toda a humanidade está afetada pelo pecado, tornando-se depravada. Essa depravação é de tal maneira que é total. Isso significa que todos os aspectos do ser humano está inclinado para o mal. Sendo assim, não podemos esperar que nenhuma pessoa, nem mesmo os regenerados, estejam totalmente livres desse mal. Mas em que essa doutrina ajuda em um relacionamento? Primeiro. As Escrituras nos ensinam que nenhum homem, nem mesmo aqueles que foram regenerados, são inclinados para o bem moral. Em Romanos 3:10-20, as Escrituras declaram o estado da humanidade decaída. É interessante notar que o texto não restringe nenhum grupo de pessoas, mas os termos usados são "nenhum", "não há um", não há ninguém", "todos", dando ênfase sempre em toda a humanidade. Sendo assim, não podemos esperar que nosso companheiro seja alguém que não peque, evitando assim que haja rompimento de relacionamento ao descobrir o lado pecador do outro.


Segundo. Uma vez que todos os homens - isso inclui os regenerados - são pecadores, em um relacionamento sempre haverá pecados. Deixe-me explicar melhor. Mesmo que um homem seja regenerado, o pecado sempre habitará em seu coração. Mesmo tendo sido justificados por Cristo, somos declarados justos, e não tornados justos. Isso significa que a justificação não torna nossa vida pura e isenta do pecado, mas que nos declara justos mesmo nós não sendo. Chamamos isso de misericórdia e graça. Ainda que nossa namorada (ou namorado) seja alguém crente é inevitável que ela nunca mais pecará, dessa forma pode prevenir-se que haja surpresas decepcionantes ao longo do namoro.

Terceiro. O fato de um regenerado ser pecador não significa que ele possa se acomodar no pecado. Pois bem, ainda que nem mesmo os regenerados se livrem do pecado em sua totalidade, Cristo nos libertou da escravidão do pecado, "Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado" (Romanos 6:6). Portanto, uma vez que o pecado não tem mais domínio sobre nós (Romanos 6:14), devemos buscar a santidade em toda a nossa maneira de viver, para que isso influencie nosso relacionamento, não esquecendo ainda de praticar constantemente a leitura, a oração e a devoção em nosso namoro (1Ts 5:17, 1Tm 6:11, Hb 3:13, 12:14). Estamos sujeitos ao pecado, mas nunca podemos permanecer nele. Quarto. Nunca podemos esperar que nossa namorada (ou namorado) seja alguém perfeito. Dessa forma, sempre que um dos lados cometer um pecado, em vez de haver decepção e repúdio, devemos agir como um verdadeiro companheiro(a), buscando o perdão de Deus juntos. Em vez de nos decepcionarmos, devemos ser um instrumento de edificação para o outro, e em vez de distanciarmo-nos agora por conhecer seu pecado, devemos levá-lo ao perdão e ao arrependimento. Quando um dos lados cometer algum tipo de pecado, devemos agir com maturidade, lembrando que sou tão pecador também, e ao invés de criticar ou julgar, devemos ajudar, exortar e encorajar ao abandono do pecado e ao arrependimento.


Quinto e último. Não devemos fundamentar nosso relacionamento em filmes e histórias de amor. Dessa maneira, o relacionamento só tem um caminho a trilhar, o do pecado. Os filmes não passam de mentiras e ilusões inventadas. Na verdade, é uma plena invenção de algo que não existe. Você pode argumentar dizendo que os filmes são lindos e que não existem promoção do pecado. Exatamente. O que torna ele antibíblico é o fato de trazer uma perspectiva perfeita, quando, na verdade, ela não existe na vida real. Devemos, portanto, fundamentar nosso relacionamento na pessoa de Cristo, buscando sempre glorificá-lo, mesmo nós sendo falhos e pecadores, sempre ajudando um ao outro, sabendo que todos estão sujeitos ao pecado, mas de maneira nenhuma se conformando com ele; e sempre buscando o caminho da santidade, lutando e odiando o pecado.


 
 
 

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